ESTÉTICA DA DOR
Journal: Revista de Letras (Vol.15, No. 18)Publication Date: 1993-08-01
Authors : Dulce Maria Viana;
Page : 222-223
Keywords : Literatura; poeta; Sânzio de Azevedo;
Abstract
"E no entanto é preciso cantar." A despeito da tristeza. A despeito da saudade. A despeito da desesperança. A despeito da amargura. Da angústia. Da agonia. Da efemeridade. É preciso cantar a despeito da dor. É essa, talvez, uma das razões pelas quais Sânzio de Azevedo lança o seu Canto Efêmero(Fortaleza, SCD, 1968) onde reaparecem, aumentados, os Cantos da Longa Ausência, originalmente publicados em São Paulo, nos anos sessenta: par imprimir sua marca de poeta não comprometido nem com a cultura hedonista tão em voga atualmente(vejam-se todos os desdobramentos literários da propalada "política do corpo"...) nem com as soluções fáceis do romantismo insosso e piegas não menos frequentador de nossas plagas ditas intelectuais, cantar a dor no discurso da lamúria é uma das experiências mais corriqueiras da maioria dos "poetas" de hoje e de ontem.
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Last modified: 2018-08-24 23:17:38