Aplicação da ferramenta EVALHID para calibração de parâmetros e simulação de vazões no alto curso do rio Araguari, Minas Gerais
Journal: Revista Brasileira de Recursos Hídricos (Vol.20, No. 1)Publication Date: 2015-03-01
Authors : Carlos Eugenio Pereira; Emiliano Silva Costa; Javier Paredes Arquiola; José Eduardo Alamy Filho; Marcio Ricardo Salla; Néstor Lerma Elvira;
Page : 276-285
Keywords : EVALHID; Modelo Témez; Modelo HBV; Rio Araguari;
Abstract
No planejamento e gestão de recursos hídricos, são fundamentais e complementares as operações contínuas em estações de monitoramento fluviométrico e a modelagem chuva-vazão. A presença de centrais hidrelétricas na bacia hidrográfica do rio Araguari é um dos fatores que indica a importância de se prever as vazões dos rios a partir do uso de modelos chuva-vazão com parâmetros locais devidamente calibrados. O reservatório da usina hidrelétrica de Nova Ponte regulariza o fluxo em cascata, a fim de otimizar a produção de energia e garantir as demandas superficiais. Esta nota técnica discorre sobre a aplicação da ferramenta computacional EVALHID na modelagem chuva-vazão em quatro sub-bacias situadas a montante do reservatório Nova Ponte. Utilizou-se uma adaptação em Visual Basic do algoritmo Shuffled Complex Evolution method - University of Arizona (SCE-UA) na autocalibração dos parâmetros dos modelos Témez e Hydrologiska Byråns Vattenbalansavdelning (HBV) a partir de uma função objetivo. Foram consideradas três sub-bacias contribuintes a três postos fluviométricos, além do agrupamento de sub-bacias contribuintes ao posto fluviométrico localizado no ponto de afluência do rio Quebra-Anzol ao reservatório de Nova Ponte. Os melhores ajustes das vazões observadas e simuladas ocorreram nas sub-bacias não agrupadas. Nestas, a função Fméd ficou acima de 0,8 para o modelo Témez e próxima a 0,7 para o modelo HBV. A discrepância da relação Qmáx/Qmín anual nas sub-bacias não agrupadas está relacionada com a capacidade de armazenamento de água no solo Hmáx (no modelo Témez) e com o limite máximo de fluxo subsuperficial Lmáx (no modelo HBV). Os bons ajustes das vazões, nos meses de poucas chuvas, credenciam tais modelos hidrológicos para serem incorporados na análise de conflitos de uso da água superficial, os quais são potencializados nos períodos de estiagem.
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Last modified: 2016-05-08 20:16:23