COMENTÁRIOS SOBRE A ESTRUTURA FONOLÓGICA DOS DITONGOS NASAIS NO PORTUGUÊS DO BRASIL

Mo Neste artigo, defendo a hipótese que a representação lexical dos ditongos nasais no PB como seqüências /VGN/, segundo propôs Câmara Jr., é incompatível com as propriedades gerais da gramática fonológica do PB. Mais especificamente, a conseqüência da proposta de Câmara Jr., que é estabelecer uma representação lexical idêntica de seqüências que consistem de uma vogal oral seguida por uma vogal nasal heterossilábica (Coimbra) e seqüências que consistem de um ditongo nasal (cãimbra), volta a colocar sérios problemas descritivos que não podem ser resolvidos de forma satisfatória. A hipótese da seqüênica /VGN/ é, portanto, rejeitada. Em vez disso, assumo que apenas uma representação lexical concreta dos ditongos nasais é compatível com os fatos de acento e da estrutura da sílaba do PB.