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A ALTERNÂNCIA DAS FORMAS PRONOMINAIS TU, VOCÊ E O(A) SENHOR(A) NA FUNÇÃO DE SUJEITO NO PORTUGUÊS FALADO EM CAMETÁ-ESTADO DO PARÁ

Journal: Revista de Letras (Vol.2, No. 35)

Publication Date:

Authors : ;

Page : 64-76

Keywords : Pronomes de referência à segunda pessoa; Variação linguística; Relação social; simétrica e assimétrica.;

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Abstract

Este artigo apresenta um estudo sobre a alternância das formas pronominais de referência à segunda pessoa, na função de sujeito, Tu/Você/o(a) Senhor(a) no português falado na zona urbana do município de Cametá-Pará. Adota como quadro teórico-metodológico a Teoria da Variação e Mudança Linguística. Objetiva analisar o papel de fatores linguísticos (tipo de frase, tempo do verbo, referência genérica e específica do pronome) e fatores extralinguísticos/sociais (sexo/gênero, faixa etária e relações hierárquicas) na motivação do comportamento variável de tu, você e o(a) senhor(a). O corpus da pesquisa contém dados de gravações colhidos a partir das interações face a face de 08 (oito) grupos focais, cada um constituído por 04 (quatro) sujeitos participantes, todos cametaenses, totalizando 32 participantes. Porém destes, apenas 08 (oito) foram objeto de análise deste trabalho, que são nossos informantes-base, na faixa etária entre 21 a 29 e de 34 a 44 anos, do sexo/ gênero (masculino e feminino) e todos com nível superior. Na fala destes 08 (oito) informantes- -base obtivemos 223 dados, estes foram analisados pelo GOLDVARB. Os resultados apontaram 105 ocorrências da forma pronominal tu, 110 de você e apenas 08 da forma o(a) senhor(a), o que corresponde, respectivamente, a 47,1%, 49,5% e 3,2% dos dados considerados na pesquisa. Observamos que a forma tu é favorecida pela referência direta e específica ao interlocutor, pelo frase tipo exclamativa e é usado mais pelas mulheres, principalmente em interações sociais simétricas; enquanto a forma você, tem o uso motivado pela referência específica para um grupo e é usada principalmente entre falantes de hierarquias sociais diferentes (status superior para inferior). Isso, nesta análise, de cunho parcial, nos leva a perceber que esta forma é marca de distanciamento social e tratamento não íntimo entre os falantes na comunidade analisada.

Last modified: 2018-09-28 03:48:43